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Curatorial Text by Dr. Milagros Bello PHD

Jade Matarazzo visualizes the turbulence and the speed of urban life and the deep, complex human conglomerate that populates our contemporary societies. With an opposing vision, she captures the poetics of nature and the lyrical resonances of the environment.

Matarazzo proposes a deeper navigation into the materiality of life. Instead of collapsing into the easily distracting and over-circulated commonplace photos on the Internet, Matarazzo fixes on mythologies of the "quotidian". Her photographs are perceptual explorations of the city, of humans, and of nature in dissolving sequences of forms and spaces. With a Faustian passion, she constructs objects of reality during intense transformations. Cultural and universal truths are proactively revealed in each work. Social consciousness and political ideologies revealed in her works reflect the viewer as a counter-set up to the official modernism. They are not narratives, but signifiers of contemporary civilization.

In Matarazzo’s Speed series, disembodied individuals fall for the totalitarian mandate of technology and progress through dissolved social scenarios setting on the status of alienation of our urban and social environment. “George”, an iconic work in the exhibit, punches intensively on the transient and nomadic human condition of our contemporary times. The photograph intermixes George's real face, a critical street resident/homeless man, and visions of lugubrious and nocturnal streets. The Personage series frames human modes of isolation and powerlessness over social confinements. The series Venice expresses the ultimate condition of our youth. The Ex-Votos series captures, from radical angles, the peculiar objects of gratitude given towards the divinity for the fulfilling of a vow; a common religious practice in the Latin American culture. The artist reveals her powerful sensitivity to her cultural roots of her native Brazil and its anthropological legacy.

With a sharp stance Matarazzo disassembles the cultural and social apparatus of our society.

Milagros Bello, Ph.D.

Curator

PORTUGUESE

Texto de Curadoria Dr. Milagros Bello PHD

Jade Matarazzo visualiza a turbulência e a velocidade da vida urbana e o profundo e complexo conglomerado humano que povoa nossas sociedades contemporâneas. Com uma visão opositora, ela captura a poética da natureza e as ressonâncias líricas do ambiente.

Matarazzo propõe uma navegação mais profunda na materialidade da vida. Em vez de render-se a fotos cada vez mais comuns da Internet, facilmente interpretadas e super-circulantes, Matarazzo fixa as mitologias do "cotidiano". Suas fotografias são explorações perceptivas da cidade, dos seres humanos e da natureza em seqüências de formas e espaços em dissolução. Com uma paixão faustiana, ela constrói objetos da realidade durante transformações intensas. As verdades culturais e universais são proativamente reveladas em cada trabalho. A consciência social e as ideologias políticas reveladas em suas obras refletem o espectador como um contra-ataque ao modernismo oficial. Não são narrativas, mas significantes da civilização contemporânea.

Na série Speed, de Matarazzo, os indivíduos em forma eterea se rendem ao mandato totalitário da tecnologia e do progresso, através de cenários sociais dissolvidos que estabelecem o status de alienação de nosso ambiente urbano e social. “George”, uma obra icônica da exposição, Ever Changing Perspectives, perfura intensamente a condição humana transitória e nômade de nossos tempos contemporâneos. A fotografia mistura a face real de George, um morador de rua crítico, e visões de ruas lúgubres e noturnas. A série “ Personage” enquadra os modos humanos de isolamento e impotência sobre os confinamentos sociais. A série Veneza expressa a condição última de nossa juventude. A série Ex-Votos captura, de ângulos radicais, os objetos peculiares de gratidão dada à divindade pelo cumprimento de um voto; uma prática religiosa comum na cultura latino-americana. A artista revela sua poderosa sensibilidade às suas raízes culturais de seu país natal e seu legado antropológico.

Com uma postura afiada, Matarazzo desmonta o aparato cultural e social de nossa sociedade.

Milagros Bello PHD

Curadora